Atelier e Baú Literário são pontes para autoconsciência e equilíbrio emocional

Sempre apoiado na base humanista dos processos de ensino-aprendizagem, o Colégio Vitória, em Ilhéus, colhe os frutos de sementes lançadas em projetos que ressaltam a importância da literatura infantojuvenil no desenvolvimento de habilidades de autoconsciência e equilíbrio emocional dos estudantes. 

A porta que se abre, através da literatura, é um convite cativante para crianças leitoras, através do diálogo das artes de reconto, teatro, dobradura, recortes, colagem, pintura e tudo o mais que a criatividade e imaginação humanas permitirem na vivência artística do bem e do belo.

“A leitura é autoconhecimento, troca de saberes, encontro de soluções, gerando oportunidades de mudanças nas atitudes, nos valores éticos e morais, fazendo  espelhamento com as personagens, reafirmando o senso de identidade dos alunos”, explica a educadora Ana Lúcia Mendonça Fragassi, que idealiza e executa as ações sob a supervisão da diretora Ana Melo e as coordenadoras de área.

Prazer e encantamento

Paradidáticos da Educação Infantil e Fundamental Anos Iniciais nortearam a aprendizagem e apresentações de reconto das crianças no fechamento da unidade letiva. São livros escolhidos com técnica e carinho considerando, segundo Fragassi, o prazer e o encantamento gerados no processo de leitura de livros literários já que “o leitor se torna o próprio livro, a ação da leitura mexe nas emoções e sentimentos que se revelam, se apresentam, levando para o externo, o que precisa ser modificado”. 

Da leitura, nas aulas, até as apresentações públicas, o aluno é acolhido pela educadora, cada um em sua possibilidade expressiva. “Quando se conta uma história criam-se caminhos para uma escuta, para nos conectarmos com o outro, além da construção de diversos universos que fazem parte do mundo lúdico e da imaginação criando novas formas de comunicação”, completa a educadora.

Entre os paradidáticos trabalhados estão: Narizinho e o Príncipe Escamado, de Monteiro Lobato; Inventa Desventa, de Marta Lagarta; Cata-Vento e o Ventilador, de Luís Camargo;  Poesia é fruta doce e gostosa, de Elias José; e O livro dos Pássaros Mágicos, de Heloísa Pietro.